Conheça os tipos de neuropatia.
Como é classificada a neuropatia?
A neuropatia periférica pode ser classificada nas seguintes categorias:
1. Mononeuropatia - participação de um único nervo. Exemplos incluem a síndrome do túnel do carpo, paralisia do nervo ulnar, paralisia do nervo radial e paralisia do nervo da fíbula.
2. Mononeuropatia múltipla - dois ou mais nervos são afetados individualmente.
3. Polineuropatia - generalizado envolvimento de nervos periféricos. Os exemplos incluem neuropatia diabética e síndrome de Guillain-Barré.
A neuropatia também pode ser classificada com base em uma classificação funcional (motor, sensorial, autonômica ou mista) ou o tipo de início (agudo - horas ou dias, subagudos - semanas ou meses, ou crônica - meses ou anos). A forma mais comum de neuropatia é polineuropatia periférica (simétrica), que afeta principalmente os pés e as pernas em ambos os lados do corpo.
Quem pode ter a neuropatia?
Fatores de risco para neuropatia periférica incluem várias condições e comportamentos. Pessoas com diabetes (doença que pode ser controlada com medicamentos como o Victoza) que são mal controladas e com os níveis de açúcar no sangue alto são muito propensos a sofrer de alguma neuropatia. Doenças autoimunes, como Lúpus e artrite reumatoide também aumentam a chance de desenvolver uma neuropatia. Pessoas que receberam transplantes de órgãos, e outras que tiveram algum tipo de supressão do sistema imunológico têm um risco maior de neuropatia. Além disso, aqueles que abusam do álcool ou têm deficiências de vitaminas (principalmente vitamina B) possuem um risco maior de ter neuropatia. A neuropatia é também mais provável de ocorrer em pessoas com distúrbios nos rins, fígado ou tiroide.
O que É Neuropatia Diabética ?
Neuropatia diabética é uma doença nos nervos causada pelo diabetes. Os sintomas da neuropatia incluem adormecimento e às vezes dor nas mãos, pés, ou pernas. Os danos nos nervos causados pelo diabetes também podem conduzir a problemas com órgãos internos, tais como o trato digestivo, coração, e órgãos sexuais, causando indigestão, diarréia ou constipação, vertigem, infecções na bexiga, e impotência. Em alguns casos, neuropatias podem causar queimações e também provocar perda de peso. Pode acontecer também depressão. Enquanto alguns tratamentos são pesquisados, ainda é preciso entender como o diabetes afeta os nervos e achar tratamentos mais eficazes para esta complicação.
A Neuropatia Diabética pode Ser prevenida?
Um estudo clínico de 10 anos que envolveu 1,441 voluntários com diabete insulino-dependente (DMID) foi completado recentemente pelo National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases - EUA. O estudo provou que mantendo níveis de açúcar no sangue o mais próximo do normal quanto possível, reduz-se a progressão de doenças nos nervos causadas pelo diabetes. O Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) estudou dois grupos de voluntários: os que seguiram uma rotina de controle do diabetes padrão e os que controlaram intensamente seu diabetes.As pessoas do grupo de controle intensivo se submeteram a injeções múltiplas de insulina diariamente ou usaram uma bomba de insulina, monitorando a glicose no sangue pelo menos quatro vezes por dia, mantendo, assim, suas glicemias o mais próximo do normal possível.Depois de 5 anos, foram feitos testes da função neurológica que mostraram que o risco de danos nos nervos foi reduzido em 60 por cento no grupo de controle intensivo. As pessoas com tratamento padrão, cujos níveis de glicose no sangue eram mais altos, tiveram taxas mais altas de neuropatia. Embora o DCCT tenha incluído só pacientes com DMID, os pesquisadores acreditam que pessoas com diabetes insulino-independentes também se beneficiariam em manter baixos os níveis de glicose no sangue.
Neuropatia Diabética É Comum?
Pessoas com diabetes podem desenvolver problemas nos nervos a qualquer hora. A neuropatia pode desenvolver-se nos primeiros 10 anos depois de diagnosticada o diabetes e o risco de Neuropatia em desenvolvimento aumenta ao longo do tempo de diabetes.
Alguns estudos recentes mostram que:
60 por cento dos pacientes com diabetes têm alguma forma de Neuropatia, mas na maioria dos casos (30 a 40 por cento), não há nenhum sintoma.
30 a 40 por cento dos pacientes com diabetes têm sintomas que sugerem Neuropatia, comparados com 10 por cento das pessoas sem diabetes.
Neuropatia diabética parece ser mais comum em fumantes, pessoas com mais de 40 anos de idade, e os que tiveram problemas em controlar os níveis de glicose no sangue.
O que Causa a Neuropatia Diabética?
Os cientistas não sabem as causas da Neuropatia diabética, mas é provável que vários fatores contribuam Glicose alta, ou uma condição associada a diabetes, que causa mudanças químicas nos nervos. Estas mudanças prejudicam a habilidade dos nervos para transmitir sinais. Glicose alta também danifica vasos sanguíneos que levam oxigênio e nutrientes aos nervos. Além disso, fatores herdados, provavelmente sem conexão com o diabetes, podem fazer com que algumas pessoas se tornem mais suscetíveis a doença nos nervos que outras.
Como a glicose alta conduz a danos nos nervos, é um assunto de intensa pesquisa. O mecanismo completo ainda não é conhecido. Os pesquisadores descobriram que níveis altos de glicose afetam muitos caminhos metabólicos nos nervos, enquanto conduzem a um acúmulo de um açúcar chamado sorbitol e diminuição de uma substância chamada mioinositol. Porém, estudos em humanos não mostraram convincentemente que estas mudanças são o mecanismo que causa danos nos nervos.
Mais recentemente, os pesquisadores relacionaram os efeitos do metabolismo de glicose em excesso com a quantidade de óxido de nitrogênio nos nervos. Óxido de Nitroge;nio dilata os vasos sanguíneos. Em uma pessoa com diabete, baixos níveis de óxido de nitrogênio podem conduzir a constrição dos vasos sanguíneos que nutrem o nervo, contribuindo para os danos nos nervos. Outra área de estudos promissora dos centros de pesquisa é o efeito da glicose alta que retém as proteínas, enquanto altera sua estrutura e sua função, afetando também a função vascular. Cientistas estão estudando como estas mudanças acontecem, como elas causam danos nos nervos, como prevenir e como tratar estes danos.
Quais os Sintomas de Neuropatia Diabética?
Os sintomas da Neuropatia diabética variam. Adormecimentos e formigamento nos pés são freqüentemente o primeiro sinal. Algumas pessoas não notam nenhum sintoma, enquanto outras são severamente incomodadas.
A Neuropatia pode causar dor e insensibilidade na mesma pessoa. Freqüentemente, no princípio os sintomas são leves e acontecem em um período longo de tempo. Casos moderados podem passar despercebidos por muito tempo. Em algumas pessoas, principalmente nas atingidas por Neuropatia local, o começo da dor pode ser súbito e severo.
Quais os Tipos de Neuropatia ?
Os sintomas de Neuropatia também dependem de quais nervos e quais partes do corpo são afetadas. A Neuropatia pode ser difusa, enquanto afeta muitas partes do corpo, ou local, afetando um único nervo e parte do corpo.
Neuropatia difusa
As duas categorias de Neuropatia difusa são a Neuropatia periférica, que afeta os pés e mãos e a Neuropatia Autonômica, que afeta os órgãos internos.
Neuropatia periférica
O tipo mais comum de Neuropatia periférica danifica os nervos dos membros, inferiores, especialmente dos pés. Nervos de ambos os lados do corpo são afetados. Sintomas comuns deste tipo de Neuropatia são:
Adormecimento ou insensibilidade à temperatura
Formigamento, queimação, ou "agulhadas"
Dores agudas ou câimbras
Sensibilidade extrema para tocar, até mesmo toques leves
Perda de equilíbrio e coordenação
Estes sintomas são freqüentemente piores à noite. Os danos nos nervos resultam da perda de reflexos e fraqueza nos músculos. O pé fica mais largo e mais curto, o andar muda. Por causa da perda de sensação, feridas podem passar despercebidas e podem infectar. Se os pés não são tratados a tempo, a infecção pode envolver o osso e pode requerer amputação. Porém, normalmente estes problemas podem ser evitados se são tratados a tempo. Pode-se evitar problemas usando-se sapatos largos e examinando os pés diáriamente, prevenindo-se, assim, amputações.
Neuropatia Autonômica (também chamada Neuropatia visceral)
Neuropatia Autonômica é outra forma de Neuropatia difusa Afeta os nervos do coração e órgãos internos e produzem mudanças em muitos processos e sistemas.
Micção e resposta sexual
A Neuropatia Autonômica afeta freqüentemente os órgãos que controlam a micção e a função sexual. Danos nos nervos podem impedir a bexiga de esvaziar completamente, assim bactérias crescem mais facilmente na área urinária (bexiga e rins).Quando os nervos da bexiga forem danificados, uma pessoa pode ter dificuldades para saber quando a bexiga está cheia ou controlar isto, resultando em incontinência urinária.
O dano nos nervos e problemas circulatórios causados pela diabetes também podem conduzir a uma perda gradual da resposta sexual em homens e mulheres, embora o desejo sexual esteja inalterado. Um homem pode não ter ereções ou alcançar o orgasmo sem ejacular
Digestão
A Neuropatia Autonômica pode afetar a digestão. Danos nos nervos podem fazer o estômago esvaziar muito lentamente, uma desordem chamada estase gástrica. Quando a condição é severa (gastroparesia), uma pessoa pode ter náuseas, inchaço, e perda de apetite. Níveis de glicose no sangue tendem a flutuar acentuadamente nesta condição.
Se nervos no esôfago são envolvidos, engolir pode ser difícil. Danos nos nervos dos intestinos podem causar constipação ou diarréia freqüentes, especialmente à noite. Problemas com o sistema digestivo conduzem freqüentemente a perda de peso.
Sistema cardiovascular
A Neuropatia Autonômica pode afetar o sistema cardiovascular que controla a circulação do sangue ao longo do corpo. Danos neste sistema interferem com os impulsos dos nervos de várias partes do corpo que sinalizam a necessidade de sangue e regulam a pressão sanguínea e as batidas do coração. Como resultado, a pressão sanguínea pode abaixar subitamente, depois de sentar-se ou estar de pé, fazendo uma pessoa sentir-se atordoada, ou até mesmo desmaiar (hipotensão ortostática).
A Neuropatia que afeta o sistema cardiovascular também pode afetar a percepção às dores no coração. As pessoas podem não experimentar angina como um sinal de advertência de doenças no coração ou podem sofrer ataques no coração indolores. Também pode aumentar o risco de um ataque do coração durante uma anestesia geral.
Hipoglicemia
A Neuropatia Autonômica pode impedir a resposta normal do corpo ao baixo nível de açúcar no sangue, ou hipoglicemia
Suor
A Neuropatia Autonômica pode afetar os nervos que controlam o suor. interferindo na atividade das glândulas de suor, tornando difícil para o corpo regular a temperatura. Por outro lado o resultado pode ser suores noturnos, ou durante as refeições (suando gustativo).
Neuropatia local
(inclusive Neuropatia múltipla)
Ocasionalmente, A Neuropatia diabética aparece de repente e afeta nervos específicos, no dorso, perna, ou cabeça. Neuropatia local podem causar:
Dor na parte frontal da coxa
Dor severa na parte mais baixa de trás ou pélvis
Dor no tórax, estômago, ou flanco
Tórax ou dor abdominal às vezes equivocadas para angina, ataque de coração, ou apendicites
Dores atrás de um olho
Inabilidade para focalizar o olho
Visão dobro
Paralisia em um lado da face (a paralisia de Sino)
Problemas de audição
Este tipo de Neuropatia é imprevisível e acontece freqüentemente em pessoas mais velhas que têm diabete moderada. Embora a Neuropatia local possa ser dolorosa, tende a melhorar por si só depois de um período de semanas ou meses sem causar danos a longo prazo.
Pessoas com diabetes também são propensas a neuropatias de compressão em desenvolvimento. A forma mais comum de Neuropatia de compressão é a síndrome de Túnel Carpal. A Síndrome de Túnel Carpal assintomática acontece em 20 a 30 por cento das pessoas com diabetes, e a Síndrome de Túnel Carpal sintomática acontece em 6 a 11 por cento. Entorpecimento e formigando da mão são os sintomas mais comuns. Fraqueza de músculos também podem ocorrer.
Neuropatia diabética pode Afetar Virtualmente Toda Parte do Corpo Difusa (Periférica) Neuropatia
Pernas
Pés
Braços
Mãos
Difusa (Autonômica) Neuropatia
Coração
Sistema digestivo
Órgãos sexuais
Área urinária
Glândulas de suor
Neuropatia local
Olhos
Músculos faciais
Ouvido
Pélvis e mais baixo atrás
Coxa
Abdômen
Como os Médicos fazem o diagnostico da Neuropatia Diabética?
O médico faz o diagnostico da Neuropatia baseado em sintomas e no exame físico. Durante o exame, o médico pode conferir a força do músculo, reflexos, e sensibilidade a posição, vibração, temperatura, e toque . Às vezes testes especiais também podem ajudar a determinar a causa dos sintomas e determinar o tratamento. Um simples teste de blindagem para conferir sensação de ponto nos pés pode ser feito no consultório do médico. O teste usa um filamento de fibra sintética montado em uma vara pequena. O filamento entrega um 10-grama unificado força quando tocou a áreas do pé. Pacientes que não podem sentir pressão do filamento perderam sensação protetora e estiveram a risco para neuropatia em desenvolvimento caminhe úlceras. Médicos podem ordenar o filamento (com instruções para uso) livre da mais baixa extremidade Amputação Prevenção Programa, (SALTE) Agência de Cuidado médico Primário, Divisão de Programas para Populações Especiais, 4350 Leste Rodovia Ocidental, 9º andar, Bethesda, MD 20814; telefone (301) 594-4424.**
Estudo da condição do nervo confere o fluxo de corrente elétrica por um nervo. Com este teste, uma imagem do impulso de nervo é projetada em uma tela como transmite um sinal elétrico. Impulsos que parecem mais lentos ou mais fracos que habitual indicam um possível dano ao nervo. Este teste permite ao médico avaliar a condição de todos os nervos nos braços e pernas.
Eletromiografia (o EMG) é usado para ver como os músculos respondem a impulsos elétricos transmitidos pelos nervos periféricos. A atividade elétrica do músculo é exibida em uma tela. Uma resposta que é mais lenta ou mais fraca que habitual sugestiona dano ao nervo ou músculo. Este teste é freqüentemente terminado ao mesmo tempo que estudos de condução do nervo.
Ultra-som emprega ondas sonoras. As ondas sonoras são muito altas de ouvir, mas elas produzem uma imagem que mostra como está a bexiga e como outras partes da área urinária estão funcionando.
Biópsia do nervo é removida uma amostra de tecido do nervo para exame. este teste é freqüentemente usado em pesquisas.
Se seu médico suspeitar de Neuropatia autonômica, você também pode procurar um médico gastroenterologista para testes adicionais.
Como a Neuropatia Diabética é Tratada?
O Tratamento ajuda aliviar o desconforto e prevenir danos de tecido adicional. O primeiro passo é deixar o açúcar do sangue sob controle com dieta e drogas de uso oral ou injeções de insulina, monitorando os níveis de açúcar no sangue. Embora os sintomas às vezes possam piorar a princípio com o controle do açucar no sangue, mantendo níveis mais baixos de açucar no sangue a dor ou perda de sensação que a Neuropatia podem causar. O bom controle de açúcar de sangue também pode ajudar a previnir o começo de problemas adicionais.
Outra parte importante do tratamento envolve especial cuidado dos pés que são propenso a problemas.
São usados vários medicamentos e outras medidas para aliviar os sintomas da Neuropatia diabética.
Alívio de Dor
Para, queimação, formigamento, ou adorcimento, o médico pode sugerir um analgésico ou drogas antiinflamatórias que devem ser usadas com precaução em pessoas com doença renal. Medicamentos antidepressivos e medicamentos para nervos podem ser úteis. Outros drogas às vezes são prescritas para uso a curto prazo para aliviar dores severas. Além disso, uma pomada tópica, está agora disponível para aliviar as dores da Neuropatia.
O médico também pode prescrever uma terapia. Outros tratamentos incluem hipnose, relaxamento, e acupuntura, massagem, ou um ungüento analgésico também podem ajudar.
Problemas gastrointestinais
Indigestão, arrotos, náuseas, vomitos são sintomas de gastroparesia. Para pacientes com sintomas moderados de estômago com esvaziamento lento, o médico sugere comer refeições pequenas, freqüentes evitando comer gorduras e muitas fibras; o que também pode ajudar a aliviar os sintomas. Para pacientes com gastroparesias severas, podem ser prescritos medicamentos que fazem andar mais depressa a digestão e outros para aliviar a náusea. Outras drogas que ajudam a regular a digestão, ou reduzem a secreção ácida também podem ser usados ou prescritos. Em cada caso, os benefícios potenciais destas drogas precisam ser pesados contra os efeitos colaterais deles.
Para aliviar a diarréia e outros problemas de intestino, antibióticos ou clonidine HCl, (uma droga usada para tratar pressão alta), às vezes são prescritas. O antibiótico tetraciclina também pode ser prescrito. Uma dieta livre de trigo também pode trazer às vezes alívio, pois o glúten em farinha pode causar diarréia.
Problemas neurológicos que afetam a área urinária podem resultar em infecções ou incontinência. O médico pode prescrever um antibiótico para combater a infecção e sugerir beber mais liquidos para prevenir infecções adicionais. Se a incontinência for um problema, podem ser aconselhados para os pacientes que urinem em tempos regulares (cada 3 horas, por exemplo) desde que eles possam saber quando a bexiga está cheia.
Vertigem, Fraqueza
Sentar ou levantar-se lentamente pode ajudar a prevenir tonturas , vertigem, ou desmaio que são sintomas que podem ser associados com algumas formas de Neuropatia autonômica. Elevar a cabeça da cama e usar meia-calças elásticas também podem ajudar. O aumento do sal na dieta e tratamento com hormônios como fludrocortisone é outras possíveis combinações (prescritas pelo médico ) podem ajudar. Em certos pacientes, tratar com drogas para hipertensão podem elevar a pressão sanguínea , embora predizer quais pacientes terão esta reação paradoxal é difícil.
Fraqueza do músculo ou perda da coordenação também podem ser causadas por Neuropatia diabética podem e podem ser tratadas freqüentemente através de fisioterapia.
Problemas urinários e Sexuais
Problemas circulatórios e nervosos do diabetes podem causar problemas de disfunção sexual masculina, resultando em impotência. O médico pode prover informações sobre métodos disponíveis para tratar a impotência causada por Neuropatia depois de descartar uma causa hormonal de impotência. Soluções a curto prazo envolvem o uso de um dispositivo de vácuo mecânico ou injeção de uma droga vasodilatadora no pênis antes da relação sexual. Ambos os métodos elevam o fluxo de sangue ao pênis, fazendo com que fique mais fácil ter e manter uma ereção. Procedimentos cirúrgicos no qual são implantados próteses inflaveis ou dispositivos no pênis, oferecem uma solução mais permanente. Para algumas pessoas, o problema pode ser psicológico e um tratamento com terapia pode ajudar a restabelecer a função sexual.
Em mulheres que sentem que a vida sexual não esta satisfatória, o papel da Neuropatia diabética está menos claro. Doença, infecções ,vaginais e urinárias, e ansiedade sobre gravidez complicada por diabetes podem interferir com o prazer da mulher para desfrutar intimidade. As infecções podem ser reduzidas através do controle da glicose do sangue; A terapia também pode ajudar a mulher a identificar e entender suas preocupações sexuais.
Porque Cuidados com os pés são importantes para Pessoas com Neuropatia Diabética?
Pessoas com diabetes precisam ter cuidados especiais com os pés. A Neuropatia e doenças dos vasos sanguíneos ambos aumentam o risco de úlceras no pé. Os nervos dos pés são os mais longos do corpo, e são freqüentemente afetados pela Neuropatia. Por causa da perda de sensibilidade causada pela Neuropatia, feridas ou danos aos pés podem não ser notados e podem ser ulcerados.
Pelo menos 15 por cento de todas as pessoas com diabetes têm um pé eventualmente úlcerado, e 6 entre cada 1,000 pessoas com diabetes têm uma amputação. Porém, estimativa dos médicos é de que quase três quartos de todas as amputações foram causadas por Neuropatia e circulação pobre e poderiam ser prevenidas com cuidados nos pés. Siga estas regras para cuidar dos pés:
Confira seus pés e dedos do pé diariamente para notar qualquer corte, feridas, contusões, inchaços, ou infecções--usando um espelho se necessário.
Lave seus pés diariamente, com água morna (não quente) e um sabão neutro. Se você tiver Neuropatia, você deverá testar a temperatura da água com seu pulso antes de pôr seus pés na água. Os médicos não aconselham banhar seus pés durante períodos longos, você pode perder calos protetores. Seque seus pés cuidadosamente com uma toalha macia, especialmente entre os dedos do pé.
Cubra seus pés (com exceção da pele entre os dedos do pé) com geléia de petróleo, uma loção que contém lanolina, ou hidratantes antes de vestir sapatos e meias. Em pessoas com diabetes, os pés tendem a suar menos que normal. Os hidratantes previnem pele rachada.
Use meias grossas, macias e evite usar meia-calças escorregadias, meia-calças reparadas, ou meia-calças com costuras.
Sapatos de uso diário que se ajustem bem em seus pés e permitam que seus dedos do pé se movam. Utilize sapatos novos gradualmente, no princípio só durante uma hora. Depois de anos de Neuropatia, como os reflexos estão perdidos, os pés são provávelmente se tornarão mais largos e mais aplainados. Se você tiver dificuldades em achar sapatos que se ajustarem, peça para seu médico que indique um especialista.
Examine seus sapatos antes dos vestir para ter certeza se eles não têm nenhuma pedra, extremidades afiadas, ou objetos, isso poderia prejudicar seus pés.
Nunca vá descalço, especialmente na praia, areia quente, ou pedras.
Corte suas unhas dos dedos do pé tomando cuidado para não deixar qualquer canto afiado.
Use uma tábua de esmeril ou pedra-pome para remover peles mortas, mas não remova calos que agem como acolchoando protetor. Não tente cortar qualquer crescimento, e evite usar substâncias químicas severas como removedor de calos ou verrugas em seus pés.
Teste a temperatura de água com seu cotovelo antes de tomar banho·
Se seus pés estão à noite frios use meias. (Não use aquecimento acolchoados ou bolsas de água quentes.)
Evite sentar com suas pernas cruzadas. Cruzar as pernas pode reduzir o fluxo de sangue aos pés.
Peça para seu médico que confira seus pés na consulta, e chame seu médico se você notar que uma ferida não cicatriza.
Se você não puder cuidar de seus próprios pés, peça para seu médico que recomende um pedicuro (especialista no cuidado e tratamento dos pés)
Há Algum Tratamento Experimental para Neuropatia Diabética?
Várias drogas novas são objeto de estudo para prevenir ou eventualmente reverter a Neuropatia diabética. Porém, são requeridas provas extensas para estabelecer a segurança e a eficácia dessas drogas antes de serem aprovadas para uso pelo (FDA) Food And Drogs Administration, orgão americano que regulamenta alimentos e medicamentos, equivalente ao ministério da saúde no Brasil.
Investigadores estão explorando o tratamento com uma suplementação de mioinositol. Cujos resultados mostraram que nervos de animais diabéticos e humanos têm menos quantias normais desta substância. O uso do Mioinositol aumento os níveis desta substância em tecidos de animais diabéticos, mas ainda é preciso mostrar com a pesquisa que esse tratamento traz beneficios concretos e duradouros.
Outra área de pesquisa se precupa com o uso de uma droga chamada aminoguanidine. Em animais, esta droga bloqueia o cruzamento e a união de proteínas que acontece mais depressa do que o normal em tecidos expostos a níveis altos de glicose. Ainda é cedo para determinar em testes clinicos os efeitos do aminoguanidine em humanos.
Uma promessa que apareceu envolve o uso de inibidores de aldose- reductase (ARIs). Os inibidores de aldose-reductase são uma classe de drogas que bloqueiam a formação do sorbitol de álcool de açúcar que sabidamente danifica os nervos. Os cientistas esperavam que estas drogas prevenissem e pudessem até mesmo consertar danos nos nervos. Mas tentativas clínicas mostraram que estas drogas têm importantes efeitos colaterais e, por causa disso, elas não estão disponíveis para uso clínico.
Recomendações Gerais:
Peça para seu médico que indique uma rotina de exercícios própios para você. Muitas pessoas que se exercitam regularmente acham a dor da Neuropatia menos severa Alcance e mantenha um peso saudável, exercícios também melhoram o uso da insulina pelo corpo, ajudam a melhorar a circulação, e fortalecem os músculos. Pergunte a seu médico, se pode antes de começar exercícios como corrida ou aeróbica.
Se você fuma, tente parar porque fumar traz problemas circulatórios e aumento o risco de Neuropatia e doenças do coração.
Reduza a quantia de álcool que você bebe. Recentes pesquisas indicaram que o uso de alcool mais que quatro vezes por semana pode piorar a Neuropatia.
O que é neuropatia periférica?
Neuropatia periférica refere-se a um dano no sistema nervoso periférico, ou seja, uma vasta rede de nervos que transmite informações do encéfalo e medula (sistema nervoso central) para o resto do corpo. Nervos periféricos também trazem informação quanto a sensibilidade para o sistema nervoso central, por exemplo, quão frios estão os pés ou se um dedo está queimando. Qualquer dano ao sistema nervoso periférico interfere com essas conexões vitais. Tal qual uma estática numa ligação telefônica, a neuropatia periférica distorce e algumas vezes até interrompe as mensagens trocadas entre sistema nervoso central e a periferia do organismo.
Como cada nervo tem uma função altamente especializada em cada lugar do corpo, um vasta gama de sintomas podem ocorrer quando os nervos são atingidos. Algumas pessoas podem queixar-se de formigamento temporário (“parestesia”), sensação de agulhas perfurando corpo, choques ou queimação, bem como fraqueza da musculatura. Alguns podem se queixar de queimação (especialmente à noite), paralisia muscular, até disfunção endócrina. Sintomas do tipo dificuldade para digestão, oscilação da pressão arterial, alterações no suor ou disfunção sexual podem estar presentes. Em casos extremos, a respiração pode ficar dificultada ou lesão em órgãos internos.
Algumas formas de neuropatia podem danificar apenas alguns nervos, e são chamadas de “neuropatias”. Mais freqüentemente, múltiplos nervos em diferentes membros estão atingidos simetricamente, causando a “polineuropatia”. Às vezes, dois ou mais nervos são isoladamente afetados, em diferentes tempos, em diferentes áreas, configurando a “mononeurite múltipla”.
Nas neuropatias agudas, do tipo polirradiculoneurite, os sintomas aparecem subitamente, são rapidamente progressivos e com resolução lenta. Nas formas crônicas, os sintomas começam insidiosamente, com progressão muito lenta. Alguns pacientes percebem períodos de agudização seguidos de melhora. Outros podem atingir um estágio de estabilização, onde os sintomas ficam estáveis por meses a anos. Algumas neuropatias crônicas pioram com o tempo, porém poucas formas mostram-se fatais. Ocasionalmente, a neuropatia é sintoma de outras doenças sistêmicas.
Nas formas mais comuns de polineuropatia, as fibras nervosas (células individuais que constituem o nervo) mais distantes do cérebro e medular são as primeiras a serem atingidas. Dor e outros sintomas aparecem simetricamente; por exemplo, é comum a sensação de formigamento iniciar-se nos pés e ascender para as pernas. Evolutivamente, os dedos das mãos, mãos e braços podem ser atingidos, e os sintomas podem se estender até a região central do corpo. Muitos pacientes diabéticos experimentam esse padrão de dano ascendente.
Como as neuropatias periféricas são classificadas?
Mais do que cem tipos diferentes de neuropatia foram identificadas, cada uma com suas características próprias: instalação dos sintomas, evolução, prognóstico. Os sintomas irão depender de qual tipo de nervo foi acometido: motor, sensitivo ou autonômico. Nervos motores controlam movimentos de todos os músculos sob controle consciente, tais como aqueles usados para andar, agarrar ou falar. Nervos sensitivos transmitem informação sobre experiência sensorial, tais como a sensação de um corte na pele ou um toque leve. Nervos autonômicos regulam atividades biológicas as quais não são controláveis de forma consciente, do tipo respiração, digestão, freqüência cardíaca, piloereção. Algumas neuropatias podem afetar os 3 tipos de nervos, outros afetam apenas um ou dois tipos. Portanto, a medicina utiliza termos como “neuropatia predominantemente motora”, “predominantemente sensitiva”, “neuropatia sensitivo-motora” ou “neuropatia autonômica” para descrever o quadro clínico do paciente.
Quais são os sintomas da neuropatia periférica?
Sintomas são relacionados ao tipo de nervo afetado e podem acometer ao paciente num espaço de dias, meses ou anos. A fraqueza muscular é o sintoma mais comum das neuropatias. Outros sintomas podem ser câimbras dolorosas, fasciculações (tremor incontrolável visível dos músculos), atrofia muscular, degeneração óssea, alterações em pele, pelos e unhas. Essas lesões degenerativas também podem resultar de alterações sensitivas ou autonômicas.
Lesão dos nervos sensitivos pode causar os mais variados sintomas, uma vez que estes nervos são responsáveis por funções extremamente especializadas. As fibras mais grossas, cobertas por mielina (proteína que encobre e isola muitos nervos) registram sensação de vibração e tato, resultando em parestesias, especialmente nas mãos e pés. É freqüente a sensação de "estar usando luvas e meias", principalmente à noite. Muitos pacientes não reconhecem o toque de pequenos objetos ou não conseguem distinguir formas pelo tato. Lesão neste tipo de fibras pode contribuir para perda de reflexos (bem como as lesões em nervos motores). Perda da sensibilidade da posição das articulações torna os pacientes incapazes de coordenar movimentos complexos do tipo andar, abotoar ou manter-se em pé de olhos fechados. Dor neuropática é um evento de difícil controle e pode acometer a esfera psico-afetiva e, conseqüentemente, a qualidade de vida. Dor neuropática usualmente piora à noite, interfere na arquitetura de sono, com sensação de fadiga matinal, adicionando sofrimento psíquico à lesão nervosa.
Fibras mais finas, amielínicas, transmitem sensação de dor e temperatura. Lesão neste tipo de fibra pode interferir com a capacidade de sentir dores ou mudanças na temperatura. É comum lesões banais transformarem-se em graves feridas devido a infecção, absolutamente assintomáticas. Outros pacientes podem não sentir dores relacionadas a dor isquêmica cardíaca ou outras condições agudas. Perda de sensibilidade é um problema particularmente sério em pacientes diabéticos, contribuindo para alta incidência de amputações nesta população. Receptores de dor na pela podem ficar hiper-sensíveis, causando dores intensas e insuportáveis, estimulados por estímulos banais indolores (do tipo peso dos lençóis ou sopro). É a chamada "alodínia".
Sintomas secundários a lesão autonômica são diversos e dependes de quais órgãos ou glândulas forem afetadas. Disfunção autonômica pode se tornar uma ameaça à vida e pode necessitar atendimento de urgência em casos de prejuízo respiratório ou arritmias. Sintomas comuns de disautonomia são: dificuldade para controle da sudorese, com intolerância a calor; perda de controle urinário; alterações da pressão arterial, causando tonturas de repetição e até perdas de consciência de repetição. Sintomas gastrointestinais freqüentemente acompanham neuropatias autonômicas. disfunção da musculatura intestinal leva a diarréia, obstipação ou incontinência fecal. Algumas pessoas podem ter dificuldades para se alimentar ou deglutir se alguns nervos autonômicos estiverem afetados.
Quais são as causas da Neuropatia Periférica?
Neuropatia periférica pode ter causas congênitas ou adquiridas. Causas de neuropatia adquirida incluem trauma direto, tumores, toxinas, doenças auto-imunes, deficiências nutricionais, alcoolismo, doenças metabólicas ou vasculares.
As neuropatias adquiridas são dividas em 3 grandes grupos: aquelas causadas por doenças sistêmicas, por traumatismo e aquelas causadas por doenças infecciosas ou auto-imunes que afetem tecido nervoso. Um exemplo de neuropatia adquirida é a "neuralgia de trigêmeo" (também conhecida como "tique doloroso"), na qual lesão ao nervo trigêmeo (o maior nervo da face) causa ataques de dores importantes, semelhantes a um choque, em um lado da face. Em alguns casos, a causa é uma infecção viral prévia, pressão sobre o nervo causada pela presença de um tumor ou vaso ou, mais raramente, secundária a esclerose múltipla. Em muitos casos, entretanto, a causa específica não pode ser determinada (causa "idiopática").
Trauma é causa mais comum de lesão a um nervo. Lesão por trauma súbito, do tipo acidente automobilístico, quedas, atividades esportivas, podem causar grave compressão, rompimento ou estiramento, principalmente à altura das raízes dos nervos, ponto de conexão com a medula. Lesões menos dramáticas também podem causar danos sérios aos nervos. Ossos quebrados ou deslocados podem exercer pressão nos nervos vizinhos, bem como discos intervertebrais podem comprimir fibras nervosas que emergem da coluna.
Doenças sistêmicas, ou seja, doenças que acometem várias partes do organismo, freqüentemente causam neuropatia. Podem incluir:
-Doenças metabólicas e endocrinológicas: O tecido nervoso é altamente vulnerável a doenças que acometem a capacidade do organismo em transformar nutrientes em energia ou excreção de substâncias tóxicas. Diabetes mellitus, caracterizada por níveis crônicos elevados de glicose no sangue, é a causa principal de neuropatia periférica nos Estados Unidos. Entre 60 a 70% dos pacientes diabéticos apresentam formas leves a moderadas de neuropatia. Doenças renais podem levar a acúmulo de substâncias tóxicas no sangue. A maioria dos pacientes sob diálise desenvolve polineuropatia. Algumas doenças hepáticas também produzem neuropatia como resultado de desbalanço químico. Distúrbios hormonais podem levar a alterações metabólicas e causar neuropatia. Por exemplo, a menor produção de hormônio tireoidiano leva a um retardo no metabolismo, retenção de fluidos e inchaço tecidual, causando pressão sobre os nervos. Excesso de produção do hormônio de crescimento (GH) leva a "acromegalia", condição caracterizada por crescimento anormal de muitas partes do esqueleto, incluindo as articulações. Nervos que trafegam perto destas articulações podem ficar aprisionados.
-Deficiências vitamínicas e alcoolismo podem causar dano tecidual. Vitamina E, B1, B6, B12 e niacina são essenciais para funcionamento neuronal. A deficiência de tiamina (B1), em particular, é comum entre alcoólatras devido a seus péssimos hábitos alimentares. A deficiência de tiamina pode causar neuropatia dolorosa das extremidades. Alguns pesquisadores acreditam que o excesso de álcool pode, por si, contribuir diretamente a uma lesão nervosa, condição chamada "neuropatia alcoólica".
-Lesão vascular levará a uma menor oxigenação do tecido do nervo, rapidamente acarretando a morte neuronal (assim como a falta de oxigênio leva ao acidente vascular cerebral no encéfalo). Diabetes freqüentemente leva a vasoconstrição. Várias formas de "vasculite" (inflamação dos vasos que irrigam os nervos) levam a edema tecidual. Esta categoria de lesão nervosa, na qual nervos isolados em diferentes áreas são danificados, chama-se "mononeuropatia múltipla" ou "mononeuropatia multifocal".
-Doenças do tecido conectivo e inflamação crônica podem lesar o nervo direta ou indiretamente. Quando múltiplas camadas do tecido que protegem os nervos tornam-se inflamadas, o próprio tecido nervoso pode ser acometido pela inflamação. Inflamação crônica leva a destruição progressiva do tecido conectivo, tornando os nervos mais vulneráveis a infecções e/ou compressões.
-Neoplasias malignas ou benignas podem se infiltrar ou exercer pressão sobre os nervos. Tumores podem se originar diretamente das células nervosas. Polineuropatia difusa é freqüentemente associada a neurofibromatose, doença genética que causa tumores benignos em múltiplos nervos. Neuromas são massas benignas de crescimento exagerado de tecido nervoso e que aparecem após qualquer lesão penetrante que atinja algum nervo. Causam intensa dor e podem acometer nervos vizinhos, levando a dano maior ainda e dor conseqüentemente maior. A formação de neuromas pode ser um dos elementos de uma condição neuropática mais grave, chamada "síndrome complexa de dor regional" ou "distrofia simpático-reflexa". Síndromes paraneoplásicas, um grupo de raras doenças degenerativas causadas por resposta imune secundária a tumores malignos, podem causar indiretamente lesões de troncos nervosos.
-Estresse de repetição freqüentemente causa neuropatia por compressão (aprisionamento). Lesões cumulativas podem ser conseqüência de movimentos repetitivos, forçados, que exijam flexão de algumas juntas por período prolongado. A irritação resultante pode causar uma inflamação em ligamentos, tendões e músculos, tornando-os inchados, comprimindo túneis por onde passam os nervos, entre estas estruturas. Tais lesões são mais comuns durante gravidez, provavelmente relacionadas a ganho de peso e retenção de fluido.
-Toxinas podem causar lesão nervosa. Exposição a metais pesados (arsênico, chumbo, mercúrio), drogas industriais ou toxinas ambientais freqüentemente desenvolvem neuropatias. Certos quimioterápicos, anticonvulsivantes, drogas antivirais e antibióticos incluem como efeito colateral o desenvolvimento de neuropatias, limitando seu uso a longo prazo.
-Infecções e doenças auto-imunes podem causar neuropatia periférica. Vírus e bactérias podem atacar tecidos nervosos, incluindo o vírus da Herpes, Herpes Zoster, Mononucleose Infecciosa, citomegalovírus (todos membros da mesma família). Estes vírus podem causar lesões graves aos nervos, causando dores em pontada ou em choque. A neuralgia pós-herpética freqüentemente ocorre depois da lesão dermatológica do Herpes e pode ser particularmente dolorosa. O vírus do HIV, causador da AIDS, também acomete o sistema nervoso periférico e central. O vírus pode causar diferentes formas de neuropatia, todas relacionadas ao grau de imunodeficiência. Polineuropatia dolorosa, rapidamente progressiva, afetando pés e mãos, pode ser o primeiro sinal clínico da infecção pelo HIV. A doença de Lyme, difteria e hanseníase são doenças causadas por bactérias; muitas vezes os sintomas neuropáticos iniciam-se semanas após o contágio.
Infecções bacterianas e virais podem causar lesão indireta nervosa através de uma condição chamada doença auto-imune, nas quais células do sistema imune produzem anticorpos que atacam o tecido do próprio paciente. Estes ataques causam destruição da bainha de mielina ou do axônio (parte do neurônio que se estende do corpo central do nervo até a sua porção mais periférica). Neuropatia inflamatória aguda desmielinizante, mais conhecida como doença de Guillain-Barré, pode levar a lesão motora, sensitiva ou autonômica. A maioria das pessoas consegue se recuperar desta síndrome, embora alguns casos graves possam ser fatais. Polineuropatia inflamatória crônica desmielinizante (PDIC), geralmente menos perigosa, deixa intactos as fibras autonômicas. Mononeuropatia multifocal é uma forma de neuropatia inflamatória que afetas as fibras motoras exclusivamente; pode ser aguda ou crônica
-Formas congênitas de neuropatia periférica são causadas por alterações no código genético ou por alterações mutacionais. Alguns erros genéticos levam a neuropatias leves, cujos sintomas começam apenas na fase adulta, com pouco acometimento. As neuropatias hereditárias mais graves iniciam-se mais precocemente.
A mais comum das neuropatias hereditárias são um grupo de doenças conhecidas como "doença de Charcot-Marie-Tooth". Esta neuropatia resulta de erro genético na produção de mielina. Marcadores clínicos da doença de Charcot-Marie-Tooth incluem fraqueza progressiva, atrofia dos músculos dos pés e pernas, alterações de marcha, perda dos reflexos e formigamento nos pés.
Como a Neuropatia pode ser diagnosticada?
O diagnóstico da Neuropatia Periférica normalmente é difícil porque os sintomas são variáveis. Um exame neurológico minucioso é necessário, além de um extenso histórico do paciente, principalmente no tocante a sintomas, ambiente de trabalho, hábitos sociais, exposição a agentes tóxicos, alcoolismo, fatores de risco para doenças infecciosas, além de antecedentes familiares.
O exame físico geral e testes relacionados podem revelar a presença de doenças sistêmicas que podem ser a origem da neuropatia. Testes sangüíneos podem detectar diabetes, deficiências vitamínicas, insuficiência hepática ou renal, outras doenças metabólicas e sinais de doença auto-imune.
O exame do líquido cefalorraquidiano, que envolve o cérebro e medula espinal, pode revelar anticorpos associados a neuropatias. Testes mais especializados podem revelar doenças sangüíneas, cardiovasculares, doenças do tecido conectivo ou neoplasias. Testes de força devem ser usados quando houver evidências de câimbras ou fasciculações. Avaliação da sensibilidade inclui o estudo da sensibilidade vibratória, toque superficial, posição das articulações, temperatura e dor, revelando dano sensitivo e quais tipos de fibras estão envolvidas.
Baseados nos resultados de exame físico geral e neurológico, história do paciente e exames, estudos mais específicos podem ser realizados para determinar a extensão e a natureza das lesões nervosas.
-Tomografia computadorizada é um exame indolor, não invasivo, produzindo imagens em duas dimensões de órgãos, ossos e tecidos. Raios X ultrapassam todo o corpo em diferentes ângulos e são detectados por um scanner computadorizado. Os dados são processados e mostrados como se o corpo fosse fatiado, permitindo análise das estruturas internas do corpo. Tomografias em Neurologia podem ajudar ao detectar irregularidades ósseas ou vasculares, tumores cerebrais e cistos, hérnias discais, estenose lombar e outras doenças.
-Ressonância Magnética pode examinar a qualidade do músculo e suas dimensões, detectar infiltração de gordura dentro do músculo e determinar se um determinado nervo encontra-se sob compressão em seu trajeto. O equipamento da ressonância cria um intenso campo magnético ao redor do corpo. Mudanças nos átomos, após esse intenso campo, irão compor diferentes sinais de ressonância, de acordo com a estrutura dos tecidos estudados. Um processo computacional capta essas diferentes ressonâncias teciduais,formando uma imagem em três dimensões ou uma imagem "fatiada" da área estudada.
-Eletromiografia envolve a inserção de agulhas nos músculos a fim de comparar a atividade elétrica quando estão em repouso e quando estão sob contração. A Eletromiografia pode diferenciar entre uma doença do músculo e uma doença do nervo.
-O estudo das velocidades de condução nervosa pode medir precisamente o grau de lesão de um nervo, revelando se os sintomas são causados por alteração da mielina ou do axônio. Durante este teste, há um estímulo elétrico que aciona um determinado nervo, o qual responde gerando seu próprio estímulo elétrico. Um eletrodo, colocado ao longo do trajeto do nervo, irá captar a transmissão deste impulso ao longo do seu axônio. Velocidades lentas de transmissão e bloqueio do impulso tendem a indicar dano à bainha de mielina, enquanto a redução da intensidade do impulso é um sinal de lesão do axônio.
-Biopsia de nervo envolve a remoção e exame da amostra do tecido nervoso, mais freqüentemente nos membros inferiores. Embora este teste possa acrescentar alguma informação no tocante à etiologia do processo, deve-se lembrar que é um procedimento invasivo, de difícil realização e pode por si causar efeitos colaterais neuropáticos.
Quais tratamentos são disponíveis?
Não há tratamento atualmente para os casos de neuropatia hereditária. Entretanto, há várias terapias para as outras formas de neuropatia. Todas as doenças concomitantes são tratadas em princípio, seguido de tratamento sintomático. O sistema nervoso periférico tem capacidade de regeneração, desde que a célula nervosa permaneça viável. Sintomas freqüentemente podem ser controlados, associados a eliminação das causas das formas específicas de neuropatia, resultando em prevenção de novos danos celulares.
Em geral, adotando-se medidas para melhoria na qualidade de vida- tais como controle ponderal, evitar exposição a toxinas, programa de exercícios supervisionado, dieta balanceada, correção de déficits vitamínicos, limitar ingestão de álcool- podem reduzir os efeitos físicos e emocionais das neuropatias periféricas. Formas de exercício ativas e passivas podem reduzir as câimbras, melhorar a força muscular e prevenir atrofia em membros paralisados. Vários tipos de dieta podem melhorar sintomas gastrointestinais. A suspensão do tabagismo é particularmente importante porque o fumo é capaz de contrair os vasos sangüíneos que oferecem nutrientes aos nervos periféricos e podem piorar os sintomas neuropáticos. Orientações de auto-cuidado, do tipo inspeção meticulosa dos pés e cuidados com as feridas em pacientes diabéticos, portadores de diminuição de sensibilidade, podem aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida. Tais condições criam condições para regeneração nervosa.
Doenças sistêmicas freqüentemente exigem tratamentos complexos. Controle rígido dos níveis de glicose tem demonstrado ser benéfico em reduzir sintomas neuropáticos e previnem maiores lesões. Condições pró-inflamatórias que levam a neuropatia podem ser controladas de diversas maneiras. Drogas imunossupressoras tais como prednisona, ciclosporina e azatioprina podem ser benéficas. Plasmaferese - procedimento no qual o sangue é retirado para filtragem das células inflamatórias e anticorpos, sendo depois devolvido- pode limitar atividade inflamatória. Altas doses de imunoglobulinas humanas, proteínas que funcionam tais como anticorpos, também podem suprimir a atividade imunológica anormal.
Dor neuropática é freqüentemente de difícil controle. Dores mais leves podem ser aliviadas com uso de analgésicos leves. Muitas classes de medicamentos foram recentemente aprovadas para formas crônicas de dor neuropática. Destacam-se a mexiletina, uma medicação desenvolvida para arritmias; drogas antiepilépticas, tais como gabapentina, fenitoina e carbamazepina; algumas classes de antidepressivos, incluindo os tricíclicos tais como a amitriptilina. Injeções locais de anestésicos, do tipo lidocaína ou patches com lidocaína, podem aliviar dores intratáveis. Em alguns casos, pode ser sugerida a lesão do nervo em questão, porém os resultados são freqüentemente temporários e podem levar a complicações.
Algumas próteses mecânicas podem reduzir a dor, compensar a fraqueza muscular e aliviar a compressão nervosa. Sapatos ortopédicos podem melhorar distúrbios de marcha e prevenir lesões nos pés em pacientes portadores de diminuição da sensibilidade.
Intervenções cirúrgicas podem providenciar alívio imediato, principalmente nas mononeuropatias causadas por compressão ou aprisionamento (do tipo síndrome do túnel do carpo), através de cortes em ligamentos e tendões inflamados.
Estudos de fatores neutróficos representam uma das áreas mais promissoras na pesquisa de tratamentos mais eficazes para neuropatias periféricas. Estas substâncias, produzidas naturalmente pelo corpo, protegem neurônios e incentivam sua recuperação. Muitas pesquisas têm sido realizadas no sentido de encontrar substâncias químicas que possam reverter lesões já formadas e curar a neuropatia.
Neuropatia alcoólica é uma doença associada com o abuso de álcool crónico que é caracterizado por lesão do sistema nervoso. Neuropatia alcoólica pode afectar nervos em qualquer parte do corpo, incluindo os pés, as mãos, os músculos, sistema gastrointestinal e sistema reprodutivo. Embora a causa exata da neuropatia alcoólica não é conhecida, é pensado para resultar de dama de nervos relacionados com o álcool... Leia mais sobre introdução neuropatia alcoólica
Neuropatia alcoólica pode resultar num número de sintomas, os quais estão relacionados com a lesão do nervo e podem variar em intensidade. Os sintomas de fraqueza muscular e da sensibilidade ao toque tipicamente desenvolvem de ambos os lados do corpo. Estes sintomas ocorrem mais frequentemente nas pernas do que nos braços e, gradualmente, tornar-se pior ao longo do tempo....Leia mais sobre sintomas de neuropatia alcoólicas
Neuropatia alcoólica é uma doença caracterizada pela deficiência da função do nervo causada por consumo excessivo de álcool e déficits nutricionais relacionados com o abuso de álcool. Os indivíduos que foram vítimas de alcoolismo por 10 anos ou mais ou que bebem quantidades excessivas de álcool regularmente têm um alto risco de neuropatia alcoólica.... Leia mais sobre causas neuropatia alcoólica