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COMO LIDAR COM A DIABETE NA TERCEIRA IDADE?
COMO LIDAR COM A DIABETE NA TERCEIRA IDADE?

Lidar com a diabete na

terceira idade

 

O testemunho de uma mulher que só descobriu a doença aos 68 anos

Idalinda Jesus tem 73 anos. Mas só há cinco, tinha na altura 68 anos, foi confrontada com a diabetes, uma doença provocada por alterações no metabolismo da glicose na sequência da falta ou de uma má absorção de insulina.

A descoberta da patologia levou-a a descobrir o projeto Juntos É Mais Fácil, uma iniciativa que ajuda pessoas com diabetes a controlar a doença e a adotar estilos de vida mais saudáveis. 


O projeto dividiu-se em duas fases ao longo de 2011 e 2012 e percorreu várias unidades de saúde familiar e centros de saúde de todo o país. Idalinda Jesus foi uma das 1.200 pessoas com diabetes auxiliadas, numa ação que envolveu 350 profissionais de saúde e 84 instituições. A iniciativa consistiu em sessões de formação e workshops organizados para os doentes diabéticos, onde receberam informação e apoio para alterarem os seus hábitos de vida. A dinamização do projeto esteve a cargo da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e da Sociedade Portuguesa de Diabetologia.


Em entrevista à Prevenir, Idalinda Jesus explica o que foi descobrir que tinha a doença, fala sobre os hábitos que teve de mudar, enumera os tratamentos a que foi sujeita e revela como o projeto Juntos É Mais Fácil, que conta com o patrocínio da Direção Geral da Saúde e do Programa Nacional para a Diabetes e com o apoio da Novartis, a ajudou a lidar com a patologia, que em 2009 já afetava mais de um milhão de portugueses.

 

Como é que descobriu que tinha diabetes? Com que idade foi confrontado com a doença?

Descobri que tinha diabetes ao fazer uma idade que eu considero a diabetes da velhice. Tinha 68 anos.


Que implicações é que a doença tem tido na sua vida? O que é que teve de mudar em função da patologia?

As implicações foram sobretudo ao nível da alimentação. Tive de alterar o meu modo alimentar, tive de eliminar os açúcares e tive de atender a uma série de outros fatores.

Como reagiu ao facto de ter de passar a fazer tratamentos com regularidade? Como é que se habituou a esta nova fase da sua vida?

Temos de ser práticos e pensar sempre nos que estão pior do que nós. Como tenho essa preocupação, faço os tratamentos com a maior regularidade seguida sempre pela minha médica de família, a doutora Paula Guimarães, que tem sido o meu anjo da guarda. Por tudo isto, os tratamentos caíram num hábito relativamente fácil.

Qual é, na sua opinião, a maior dificuldade que enfrenta um paciente que sofre desta doença?

Como sou muito paciente com a doença, porque tenho muita capacidade de me habituar áquilo que me cai em cima, acho que melhor do que eu poderão responder a esta questão aquelas pessoas que têm que se injetar todos os dias, algumas delas mais do que uma vez. Essas, sim, são diabéticas com aquele sofrimento de que não mata mas mói...


Como é que os seus familiares mais próximos lidam com a sua doença atualmente? E no início?

Como vivo só com um neto de 18 anos, ele nem dá por isso, porque eu sou uma pessoa muito bem disposta e, sobretudo, nada lamechas. Trato de mim sem dar nas vistas e, quando estou com os meus filhos, eles nem se lembram que a mãe tem diabetes.


Como chegou ao projeto Juntos É Mais Fácil? O que aprendeu com este programa?

Foi com o maior prazer que aceitei, de imediato, o convite que me foi formulado pela enfermeira Genialda Camilo, grande comunicadora e com vastos conhecimentos e capacidade de ensino sobre a matéria, que labora no Centro de Saúde onde pertenço, que é a Unidade de Saúde Familiar do Porto Centro, para fazer parte de um curso sobre a diabetes. Ora, como o interesse era todo meu, segui com a maior atenção, tudo quanto ali nos foi explicado e ensinado sobre a doença. E não foi pouco!


Que ferramentas é que o projeto Juntos É Mais Fácil lhe deu e que mudanças é que já conseguiu operar na sua vida?

Quando o curso terminou, senti que estava mais rica de conhecimentos para lidar com a doença, como por exemplo no que se refere ao seguimento de um plano de alimentação, que eu acho fundamental. É importante cuidar do nosso corpo a nível de saúde e bem estar e ter atenção aos nossos pés, às nossas pernas, às articulações, ao peso e às medidas, não nos deixando engordar, fazendo exercício físico regularmente...


Estas ferramentas são muito importantes mas também tivemos no princípio do curso outras ferramentas palpáveis, como uma linda balança, um pedómetro, uma pasta e acessórios necessários aos apontamentos, além de literatura muito importantes sobre a doença. Eu tenho uma maneira de ver a vida duma forma muito otimista e, por isso, tenho uma grande capacidade de me habituar aquilo que ela me dá... E não têm sido coisas muito difíceis, graças a Deus e aos sábios…